domingo, 27 de outubro de 2013

OS TÁPES - Janaíta

JANAÍTA _ OS TÁPES
Não digas não
Limpa os olhos
Mostra os dentes
Flor intacta sol ardente
No galpão se fez mulher

Janaíta sete irmãos
Janaíta pai peão
Janaíta não diz não
Janaíta não diz não

O corpo fechado
Como rosa botão
Abriu-se inocente
Brotou no seu ventre,
A condenação
Brotou no seu ventre
A condenação

Janaíta sete irmãos
Janaíta pai peão
Janaíta não diz não
Janaíta não diz não

O corpo cansado
De andar mão em mão
O sorriso ensaiado
Perdeu-se com os dentes
Morreu-se a ilusão
Perdeu-se com os dentes
Morreu a ilusão

Janaíta sete irmãos
Janaíta pai peão
Janaíta não diz não
Janaíta não diz não

O rancho estragado
A mão sem tostão
Es pasto amassado
Es mate lavado
Açude esgotado
Açude esgotado
És forno sem pão

Janaíta sete irmãos
Janaíta pai peão
Janaíta não diz não
Janaíta não diz não










Os Tápes - Canto da Gente

 CANTO DA GENTE
Vooou...  levando minha vida
Em passo de espera
Semente plantada, no seio da terra
Povoa meus sonhos, de quera gaudério

Canto o canto da gente,
Que pode ser crente,
Se mesmo perder,laraia....
Canto o canto da gente
Que lança a semente
E pode colher
Solo
Deeedilho.... a viola
Espanto a tristeza
Esqueço meu pranto
E sinto a noite
O cheiro do pampa
O suor da minha gente
Na força do canto

Canto o canto da gente
Que sabe o que sente
Na vida ao perder laraia ......
Canto o canto da gente
Que leva na mente
O amanhecer,    o amanhecer.
O amanhecer,    o amanhecer.





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